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Análise da Precocidade Sexual de Bovinos de Corte Sob o Foco Produtivo e Econômico

As características reprodutivas têm grande impacto econômico na produção de bovinos de corte. Rebanhos que apresentam maior precocidade sexual e fertilidade possuem maior disponibilidade de animais, tanto para a venda, como para seleção. Mas quais seriam os outros benefícios de um rebanho selecionado para esta característica? Quais seriam as principais dificuldades para emprenhar as novilhas precocemente?

Um dos principais fatores ambientais que influenciam a puberdade é o nível nutricional e, consequentemente, o peso vivo, sendo um importante parâmetro para estimar quando as novilhas alcançarão a puberdade. Deste modo a alimentação necessária para alcançar um peso alvo, para determinado genótipo, permitirá a novilha expressar seu potencial para a fertilidade (Rochetti et al., 2007).

Novilhas Bos taurus devem atingir 60% e as Bos indicus 65% do peso adulto no início da reprodução (Gasser, 2013). A idade alvo para acasalamentos depende de fatores importantes tais como peso à desmama e taxa de ganho no período compreendido entre a desmama e o acasalamento (Pötter et al., 2010).

Desta forma, probabilidade de a fêmea conceber precocemente se eleva significativamente quando o seu peso ao desmame aumenta (Pires et al., 2011).

Rocha e Lobato (2002), indicaram que durante 180-210 dias entre o desmame e o primeiro período reprodutivo em sistemas pecuários intensivos, a bezerra em recria deve ganhar 25% do seu peso adulto, pois deve ter 40% a 50% deste peso por ocasião da desmama.

Contudo, uma novilha de 2 anos de idade é apenas cerca de 80% do seu peso maduro e continuará a particionar os nutrientes em crescimento. Esta divisão de nutrientes em crescimento cria uma competição para os nutrientes disponíveis para a lactação e reprodução. Consequentemente, novilhas de 2 anos de idade desmamam bezerros mais leves, têm intervalos mais longos de parir para primeiro estro e têm taxas de prenhez mais baixas. Mas estes problemas podem ser parcialmente resolvidos pela atenção ao manejo (Bellows et al., 1982).

Isso pode ser comprovado no trabalho realizado por Reggiori et al. (2016), o desempenho produtivo de prenhezes precoces resultaram em menores peso ao nascimento. Entretanto na segunda prenhez, os pesos menores para vaca e bezerros não foram detectados, mostrando que a prenhez precoce não tem efeitos permanentes indesejáveis que resultem em desempenho futuro inferior.

Em estudo realizado por Pereira et al. (2001), indicou que fêmeas com maior taxa de crescimento tendem a atingir a puberdade mais cedo e, consequentemente, a parir mais cedo.

Impacto da precocidade sexual nos índices econômicos e produtivos        

As unidades produtoras dedicadas à produção de carne bovina vêm enfrentando uma regular diminuição de suas taxas de rentabilidade ao longo dos últimos anos. Os preços de mercado dos produtos agropecuários como a carne bovina, estão cada vez mais próximos do custo médio de produção (Bonaccini, 2002).

Esta realidade só representa desafios para que as propriedades rurais parem de ser gerenciadas de forma empírica e invistam no fortalecimento da gestão empresarial. Dentro do processo gerencial o conhecimento dos custos de produção permite ao empresário analisar economicamente a atividade e, é por meio desta, que o produtor passa a conhecer com detalhes e a utilizar de forma racional os fatores de produção (Oiagen et al., 2006).

Como apresentado por Baruselli et al. (2014), a novilha é a categoria animal que vem sendo identificada como limitadora do retorno econômico da unidade produtiva, pelo fato de permanecer por períodos entre 22 a 36 meses para a primeira ovulação e de 44 a 48 meses para a primeira cria em média.

Diminuir a idade ao primeiro acasalamento poderá envolver aumento das despesas, e o montante do aumento vai depender da estrutura da fazenda. A idade na puberdade pode ser alterada aumentando as entradas de forragem e alimentação e (ou) alterando a composição genética do rebanho. (Short et al., 1994).

Contudo, ao serem adotados manejos que elevem os custos variáveis advindos da alimentação, o custo do capital de formação da matriz será reduzido, pois ela entrará em reprodução de forma antecipada, gerando pelo menos um bezerro a mais ao final da vida reprodutiva (Machado et al., 2001).

Dada a importância no objetivo básico na seleção e no desenvolvimento de fêmeas de reposição é prover o ganho de peso adequado ao menor custo possível, levando em conta o características auxiliares para identificação de fêmeas mais precoces à puberdade (Semmelmann et al., 2001).

Em um relatório de Nunez-Dominquez et al. (1985) cobriu a produção de vida total e na avaliação econômica. Concluíram que o primeiro parto de 2 anos de idade é favorecido por causa do aumento do peso do desmame bezerro disponível no primeiro ano com pequenos efeitos nos anos subsequentes.

Em sistemas cujos os animais apresentam à primeira parição aos quatro anos de idade, são observadas taxas de desfrute em torno de 10%, enquanto em sistemas cuja a idade a primeira parição ocorre aos três anos de idade esse índice pode ser quase duplicado, e em sistemas com o primeiro parto aos 24 meses, a taxa de desfrute pode atingir 40% (Eler et al. 2010).

No estudo de Silva et al. (2005) por meio de uma simulação foi observado a lucratividade de taxas de prenhez crescentes aos 14 meses de idade, encontrando impacto positivo na receita. Quando o acasalamento aos 14 meses de idade apresentou taxas de prenhez de 25% e de 40%, proporcionou uma margem de lucro de 11,21% e 29,37%, respectivamente, utilizando suplementação de sal mineral comum e de sal proteinado.

Demonstrando assim que produtividade do sistema, em termos de quilos de bezerros desmamado por hectare, aumenta conforme diminui a idade ao primeiro parto, mas a magnitude da resposta é dependente da taxa de natalidade do rebanho (Beretta et al., 2001).

O sucesso do sistema de produção “precoce” depende da utilização de sistemas mais intensivos de produção. A diminuição da idade ao acasalamento traz grandes benefícios na base genética do rebanho e no sistema produtivo. Consequentemente a decisão de acasalar novilhas aos 14-15 meses envolve duas questões: a econômica e a produtiva.

AUTOR

YURI YAMASAKI - Veredas Agronegócio
Zootecnista, Mestre em Ciência Animal
Avaliação Econômica e Gestão de Sistemas Agropecuários

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